Participe de uma ONG ambiental
Há inúmeras organizações não governamentais que lutam pela preservação do nosso planeta. ...
O projeto irá apresentar o valor do solo aos agricultores e tomadores de decisão e ajudá-los a entender como as diferentes práticas de manejo do solo afetam o meio ambiente
Fotos: PUC-Rio/Divulgação
Pela primeira vez uma professora de uma instituição de ensino brasileira é agraciada com o The Royal Society Newton Advanced Fellowship Award, da mais antiga academia científica do mundo em atuação. Fundada em 1660, em Londres, a Royal Society tem o propósito de reconhecer, promover e apoiar a excelência e incentivar o desenvolvimento e uso da ciência para o benefício da humanidade. A professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio, Agnieszka Latawiec, diretora-executiva do Instituto Internacional Para Sustentabilidade (ISS), acaba de receber a honraria, que vem acompanhada de financiamento de 66,7 mil libras (cerca de R$ 354 mil) do Fundo Newton, para investimento integral em pesquisa sobre solos tropicais.
O nome do estudo apresentado é ''Sustentando a terra de baixo para cima: desenvolvendo modelo conceitual de valoração dos serviços ecossistêmicos para solos tropicais''. Além da professora Agnieszka, a bolsa permitirá também que a doutoranda do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio Aline Rodrigues desenvolva sua pesquisa em parceria com centros de pesquisa ambiental de destaque mundial como a School of Enviornmental Sciences, University of East Anglia; e as Universidades de Cambridge e de Aberdeen.
''É uma grande surpresa e honra receber esse prêmio. Aplicamos pela primeira vez para um prêmio tão concorrido e pensamos que esta provavelmente seria a primeira tentativa de várias. Estou muito feliz por termos conseguimos e poderei também oferecer, como parte deste projeto, um intercâmbio para minha doutoranda. Organizaremos oficinas tanto cientificas – voltadas para pesquisadores – como técnicas – para produtores – para mostrar a importância da ciência de solo para a funcionalidade dos nossos ecossistemas, cadeia de alimentação e manejo da terra sustentável. O projeto pretende também demostrar o valor monetário do solo e destacar quanto dinheiro todos nós perdemos cada vez que o solo se torna degradado por causa do tratamento inadequado.", destaca a professora Agnieszka Latawiec.
A pesquisadora faz questão ainda de ressaltar que, através desse projeto, pretende desmistificar o "medo" que as ciências físicas causam dentro da Geografia entre os jovens e alunas mulheres, que são sub-representadas na área de Geografia Física.
Aplicação na prática
"Esse projeto também é uma oportunidade para mostrar como ciências físicas e humanas devem conversar e colaborar para que os benefícios de melhor uso da terra sejam aplicados na prática", explica professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio, que é ainda coordenadora do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio), órgão vinculado à universidade, e diretora-executiva do Instituto Internacional para a Sustentabilidade (IIS).
O Brasil, com sua abundância de áreas agrícolas e florestas tropicais, é um país importante tanto para a segurança alimentar global quanto para a regulação do clima. Enquanto vastas áreas de floresta sofreram com o desmatamento, as áreas agrícolas sofreram com a exploração excessiva que levou à degradação. Por exemplo, a pecuária é uma das principais atividades agrícolas no país (também para exportações para a Europa), no entanto, a maioria (75%) das áreas sob pastagens está degradada.
Valor do solo
O projeto irá apresentar o valor do solo aos agricultores e tomadores de decisão e ajudá-los a entender como as diferentes práticas de manejo do solo afetam o meio ambiente. Serão também organizadas reuniões com os agricultores onde eles serão treinaremos para calcular melhor os serviços ecossistêmicos do solo e aumentar seus lucros. Para um país em desenvolvimento, em que os agricultores muitas vezes se esforçam para obter lucro, é uma contribuição importante para seu bem-estar. Melhorar a compreensão do valor dos serviços ecossistêmicos do solo não é importante apenas para melhorar os meios de subsistência locais no Brasil, mas também para a comunidade global. O Brasil é um importante exportador de alimentos e solos saudáveis no Brasil significam melhor segurança alimentar global.
Os solos fornecem a base para a produção de alimentos e ajudam a controlar as conseqüências prejudiciais da mudança climática através da regulação dos gases de efeito estufa e da água. No entanto, o solo continua a ser um recurso negligenciado pelos governos e, consequentemente, tem seu valor subestimado pelos agricultores e os tomadores de decisão. O projeto consistem em analisar os dados do solo brasileiro e propor abordagens de avaliação do solo a serem usadas pelos agricultores e formuladores de políticas para melhor gerenciar os recursos do solo.
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